sexta-feira, novembro 28, 2008

Contagem regressiva para um monte de coisas

Este sábado é o último dia do curso de Flash avançado que estou fazendo na DRC. Para quem é carioca, a DRC é tipo o Infnet daqui... Desisti de aprender Actionscript 3 sozinha e corri atrás. Está valendo muito a pena. Se eu pude$$e, faria o curso de Flash Expert na seqüência, porque vai fazer falta na hora de fazer alguns jogos. Este curso foi bom para tirar o bloqueio, mas não aborda várias coisas que preciso aprender, como criar classes e os benditos packages e algumas outras cositas. Claro que agora dá para meter a cara melhor nos tutoriais da web e tentar aprender sozinha. Nesse primeiro momento quero parar para adaptar alguns dos jogos em flash guardados no bolso para AS3, para ir pegando o jeito, mas minha meta no momento é aprender a brincar com Papervision 3D. E, claro, o Wiiflash! Bom, Flash Expert na DRC só em fevereiro, paciência.

Daí no outro final de semana eu vou pro Rio preparar as coisas e trazer na bagagem de volta a Perséphone. Admito que estou morrendo de medo de trazer a Pepê de ônibus. E que, se tudo der certo, vai ser engraçado ver Bit e Byte se acostumando com ela.

Porque no final de semana após a chegada da Pepê, quem vem pra São Paulo de mala e cuia é o Gabriel. E eu esperei um longo e aparentemente interminável ano para que este dia finalmente chegasse. Ter meu filho novamente comigo vai ser o melhor presente de aniversário que a vida pode me dar. Quero agarrar, apertar, beijocar e abraçar muuuuuuuuuuuuiiiiiiito a minha cria!

A retirada da Venlafaxina continua bem, apesar dos percalços: estou descobrindo que tem pessoas que se sentiam mais confortáveis quando eu estava doente e preferem forçar uma barra e continuar me tratando como se eu nunca fosse me curar. Poxa, eu estou me cuidando, estou bem, tô até tendo ataque de mulherzinha e tratando da pele, fazendo dieta e resolvendo antigas pendências de saúde: só corro o risco de ficar melhor, mais feliz e mais bonita! Sabotagem antes me deixava irritada, agora me deixa apenas um pouco decepcionada. Paciência...

... e eu já contei que não vejo a hora de agarrar, apertar, beijocar e abraçar muuuuiiiito o meu filhotinho? :)

terça-feira, novembro 18, 2008

Choque cultural nº 31.459

Peço ao pipoqueiro no ponto do ônibus uma pipoca salgada. Ele me pergunta se eu quero pimenta. Hein? Aí ele pergunta se eu quero ketchup. Hein??! Como assim em São Paulo se come pipoca com catchup?!! (e mostarda, pelo que eu vi na carrocinha do cara). Ewwww!
Em tempo: saudade da pipoca com bacon e queijinho da Cinelândia!

quinta-feira, novembro 13, 2008

Maldita inclusão digital

Outro "serumano" me manda um comentário interessado na Citizen Printiva que estava à venda em um post de 2003. Tipo, CINCO ANOS ATRÁS!!!!! Deletei o post pra não me aporrinhar mais com isso. Nêgo NÃO LÊ as coisas antes de agir. Vai ser burro assim lá na casa do chapéu!!!

***Não, eu não tenho mais paciência com gente burra. E antes de pensar em me xingar, PENSE, só para variar um pouco.

segunda-feira, novembro 10, 2008

NSFW*

Aiai, cada uma que me acontece. E nessas horas eu não posso deixar de pensar que talvez eu esteja me tornando, de certa forma, insensível às convenções do mundo. Só espero que o mundo não resolva me bater em retribuição.

Pois o dia no trabalho está devagar, e estou sem internet em casa e estou dividindo minhas pausas mentais entre pensar em idéias para novos joguinhos e browsear o Google Reader. Daí que estou absortamente dando ctrl+J pelos shares do Spark quando caio num post sobre a arte de um ilustrador italiano. Erótica. Explícita. Com toda a sinceridade do mundo, eu me vi percorrendo a arte com os olhos atentando para o uso das cores, detalhes de cenários, vestuário e anatomia, analisando como aquelas ilustrações foram feitas. O fato de haver pênis desenhados penetrando em vaginas desenhadas, francamente, para mim eram apenas um detalhe da obra. Arte erótica é arte, afinal. Meia dúzia de desenhos, showcasing o estilo do artista. Shares são randômicos, a única lógica na sequência sendo aquela em que nossos amigos compartilham os posts dos feeds. Não é a primeira nem a última vez que esbarro em algo NSFW. Ça arrive.

Eis que eu escuto um "gasp" constrangido atrás de mim. É uma jornalista daqui do trabalho, que viu o que eu estava vendo e não resistiu a comentar. De repente quem ficou constrangida fui EU, porque mergulhei na arte e esqueci do fato daquele share não ser adequado a um ambiente de trabalho. Me vi explicando calmamente que estava tão distraída analisando a técnica do ilustrador que nem parei para prestar atenção ao "detalhe". Me vi comentando que em matéria de ilustradores italianos no gênero, ainda prefiro Serpieri. E não sei se tem algo errado comigo por me entediar profundamente com o fato, ou que ao invés de reagir a "pornografia" como "pornografia" eu estava reagindo a um desenho como uma ilustradora. A maldade está nos olhos de quem vê, eu sei, mas às vezes eu me sinto fora de sintonia com o resto do mundo por encarar as coisas com tanta naturalidade.

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*not safe for work, para quem não conhece a sigla

quinta-feira, novembro 06, 2008

Spams lésbicos from hell

Ontem e hoje os spammers cismaram comigo e decidiram que eu devo me casar com uma "gourgeous russian queen":

Dear lanika!
Are you disappointed in finding your perfect soul mate?
Then welcome to the world where you can find a true Russian princess that will be pretty, loving and understanding.
Visit this link and hurry to buy a ticket to Russia.


E cismam que é a minha alma gêmea. Quer algo mais exótico que um casamento gay lésbico russo-carioca? Pois é. Só não é pior do que quando cismam que querem aumentar o tamanho do meu pênis :P

Alguém diz para eles que estou hetero, por favor.

Contradição em termos

O olhar do outro sempre me foi insuportável, mas eu nunca fui capaz de me vestir de uma forma que não fosse "diferente" do normal (habitualmente, roupas pretas e cores básicas em um estilo entre o gótico e o lúdico), fora estar sempre mudando o corte e a cor do cabelo, o que acaba atraindo olhares. Me vestir de forma "normal" para agradar os outros e passar desapercebida também nunca deu certo. Sempre foi como estar fantasiada de outra pessoa.

O olhar do outro é insuportável para quem tem baixa auto-estima porque é sempre um olhar de crítica e zombaria, independente do que realmente diz o olhar.

E apesar de tudo isso, este final de semana eu estava passando pelo Parque da Aclimação quando uma menininha de seus quatro ou cinco anos apontou pra mim toda empolgada e disse para a senhora que estava com ela: "Olha, vó, ela pintou o cabelo!!!!" e eu ganhei o dia graças à inocência e fofura dela.

Levemente deprimida

Disclaimer: A retirada dos remédios vai bem, obrigada. Eu e a dra.T. já diminuímos a Venlafaxina dos originais 150 mg para 75mg e agora 50 mg e tudo vai bem. O "levemente deprimida" aqui não significa o começo de uma espiral descendente para uma depressão paralizante. Significa "estou chateada" e ponto.

Mas é foda o fato de que fazer 30 anos me fez, bem, humana. A casa dos 30, junto com o período de depressão severa me trouxe 10 quilos a mais, dificuldade de emagrecer e de repente eu me vi às voltas com todos aqueles probleminhas de uma mulher "normal" como ter de fazer dieta, me preocupar por não fazer exercícios etc. Odeio muito tudo isso. Eu nunca fui bonita e sei disso (nem minha mãe me achava bonita, nem mesmo quando era criança) mas pelo menos eu podia entrar em qualquer loja de roupa e saber que qualquer coisa que eu experimentasse ia cair bem, inclusive a roupa da vitrine que era a última peça da loja e só tinha aquela. Não mais.

E daí que eu me pesei segunda feira e a balança apontou 86 quilos, o que não me faz obesa pros meus 1,75m mas me classifica como gordinha. Porra, é o mesmo peso que eu tinha quando tive o Gabriel, e SEM o bebê na barriga. Eu andava circulando na fronteira dos 80 quilos antes, 86 NÃO é legal. Hora de fazer um regime. Resolvi "virar vegetariana até daqui a dez quilos". Mas parece que é só a gente começar a fazer regime para a fome aumentar. Tô dizendo que tô virando uma pessoa normal... (antigamente eu não sentia isso, era só fechar a boca e pronto).

Aí aconteceu aquilo que eu mais detesto no mundo, e duas vezes no mesmo dia: pessoas reparando em mim. Pior: no que eu estava comendo. Primeiro, porque eu só estava comendo salada no almoço. Segundo porque ontem eu não aguentei, deu vontade e peguei um açaí na hora do lanche. Daí uma pessoa determinada fez o desfavor de não só reparar que eu peguei um açaí (meaning "você aguenta comer tudo isso no lanche?!") como que eu gastei a mesma quantidade de dinheiro no lanche que no almoço. Caralho, eu nem lancho na maioria dos dias, todo mundo faz um coffee break e eu continuo trampando. Tava todo mundo pegando sorvete, eu acabei não resistindo mais ainda e pegando um Mega de trufas. Novo comentário da mesma pessoa (e eu com vontade de desaparecer num buraquinho). A pior coisa que você pode fazer com uma gordinha tentando fazer dieta é apontar o dedo na cara dela e dizer "caraca, como você come". E eu realmente não precisava que ele me dissesse que eu estava gastando dinheiro com isso, principalmente porque eu ando suuuuper preocupada com a vinda do Gabriel em dezembro e fazendo contas e mais contas pra ver se vou agüentar.

Não importa quanta vontade me dê agora, eu saio de onde estiver mas não como mais na frente dessa pessoa (e grupo de pessoas). Agora estou chateada comigo por ter quebrado o compromisso que assumi comigo mesma, além de envergonhada, culpada e sem a menor vontade de interagir com outros seres humanos. É uma situação onde não tem como vencer, se alguém tiver de reparar em você e fazer algum comentário negativo, tentar se proteger e se defender só atiça mais comentários.

Eu normalmente ligaria o foda-se, mas estou frágil e ele acertou em cheio. Lá vou eu voltar ao meu eu-isolado-paranóico de sempre. Mas eu deveria saber que ia dar nisso, nunca fui muito boa mesmo nesse negócio de conviver com outras pessoas.