terça-feira, setembro 23, 2008

Meu primeiro (quase) assalto em SP

Em primeiro lugar, a culpa foi minha: estava distraída escrevendo um SMS no A1200 enquanto andava pela calçada da rua de casa, com a cabeça no lançamento do Adobe CS4, ao invés de ser a paranóica de sempre.

Ele me viu distraída e sozinha, atravessou a rua e veio direto na minha direção, falando pra eu dar o celular pra ele. Olhei ele de cima em baixo: moreno, alto, uns 19 anos, boné e mochila nas costas, a mão na cintura por baixo da blusa. Obviamente não estava armado, só queria me ganhar no susto e no medo. Simplesmente me vi falando "ih o cara aí ó" e atravessando a rua para longe dele, rezando pra não estar errada e tomar um tiro ou facada pelas costas. Ele não me seguiu, provavelmente bolado pela minha tranqüilidade, e assim que eu confirmei isso botei a boca no mundo gritando "pega ladrão!" com todas as forças. Ele botou sebo nas canelas e se mandou correndo na direção da Vergueiro.

Meio que me irrita constatar que justo quando eu relaxo da minha paranóia habitual a vida vem e me prova que ser paranóica compensa.

Meio que me entristece saber que ser carioca e ter nascido e crescido no Rio de Janeiro me deu know-how o suficiente para não só encarar tudo de uma forma quase zen mas ainda achar a tentativa de assalto do bandidinho paulista quase engraçada.

Me entristece mais ainda saber que pela pinta do cara, pela idade, pelo horário e pela mochila ele provavelmente deve ser estudante da escola estadual que fica na rua.

Por via das dúvidas combinei com o namorido de me pegar na saída do metrô nos próximos dias. Paranóica sim, e muito, mas postando do celular!

Da série Coisas que nunca vou entender em São Paulo

É o hábito das pessoas namorarem escondidas pelos cantos escuros das estações do metrô, no melhor estilo praça de cidade do interior.
É muito bizarro estar correndo para pegar o metrô e perceber que atrás da pilastra tem um casal sarrando. Acho que São Paulo não tem pracinha...
A democracia é a mesma das pracinhas e não parece escolher idade ou classe social, by the way: Já vi senhoras de idade e senhores executivos, tanto quanto porteiros e adolescentes, fazendo dos recantos do metrô seu quase-motelzinho particular...
Meu maior problema nessas horas é não cair na gargalhada pelo inusitado da cena... esses romanos são uns loucos, Asterix.

Me pergunto se um dia vou me acostumar :P

quinta-feira, setembro 18, 2008

Melhor frase do dia!

Via Webees, copyright Maurício Gaia:

"americanos são diretos, pragmáticos, mas inventaram o politicamente correto, então virou "a manifestação musico-cultural do afro-descendente com padrões mentais fora do padrão normalmente encontrado""

Caraca, rindo muito até agora.

sábado, setembro 13, 2008

O melhor santuário para gatos que eu já vi!



Nos EUA, uma senhora com uma grande fazenda criou o santuário para gatos mais limpo e bem-cuidado que já vi. Adoraria que a Dra. Andréa Lambert dos Gatos do Campo de Santana (RJ) pudesse ter um lugar assim!

quarta-feira, setembro 10, 2008

A Burrice alheia me irrita

4 horas da tarde, meio do expediente e o garoto do CPD pára TODAS as máquinas do meu setor para instalar uma versão atualizada do pacote Adobe CS3. Não poderia ser antes do pessoal chegar às 10h, ou depois das 18h, ou mesmo aproveitar a hora de almoço... Tem de interromper o serviço de todo mundo, fazer todos pararem o que estão fazendo e parar tudo por mais de meia hora. Isso é ilógico, Jim! Mas quem sou eu para dizer como o CPD deve trabalhar né?

UPDATE: O garoto do CPD desinstalou o pacote Adobe de todas as máquinas, levou uma hora nisso e sumiu. Enquanto isso, TODO mundo no meu setor continua sem trabalhar. Eu estava trabalhando com o Illustrator, o Photoshop e o Bridge abertos criando props para um jogo que ia rodar no Flash. Duas horas de expediente produtivo perdido e contando.

Estou dividida entre ir embora mais cedo ou ficar lendo tutoriais de Action Script 3 na Internerd.

terça-feira, setembro 09, 2008

Surpresa Agradável

Ontem à noite saindo do metrô me deparo com moças de jaleco com caixas de isopor e uma filinha de gente esperando a vez. Era a campanha de vacinação contra a rubéola. Achei genial, até agora não tinha tido tempo de procurar um posto de saúde e o posto de saúde veio até mim! Dei meu nome e idade, entrei na filinha e rapidinho estava vacinada. A enfermeira tinha uma mão ótima, não doeu e foi mega rápido. Certas coisas funfam muito bem em Sampa!

Coisas que eu adoraria ver...

... mesmo sabendo que não vão acontecer.

Eu me lembro até hoje quando paguei 100 reais para assistir o Claro que é Rock, louca para ver Trent Reznor cantando beeem de pertinho (e consegui, tá? Fiquei de cara pro gol, a menos de dois metros daquele par de coxas aiai...). No dia do show já tinha gente vendendo o ingresso a 50 reais porque comprou com carteirinha de estudante e não ia conseguir ir. Só que a desorganização da produção era tanta, os shows se atropelaram, outros foram cancelados em cima da hora, tava chovendo, que sobraram ingressos. Sobraram a tal ponto que lá pelas tantas eu vi gente vendendo cerveja e fazendo a seguinte promoção: na compra de duas latinhas ganhe o ingresso pro show.

Taí uma coisa que eu adoraria ver acontecendo no show da Madonna: produtores e cambistas se fudendo, principalmente os últimos, e fazendo a alegria da galera de última hora. Ia ser uma mudança divertida, só pra variar um pouco do febeapá atual.

quinta-feira, setembro 04, 2008

10 Anos


Eu me lembro como se fosse ontem: ele passou de relance nas mãos da enfermeira (malditos hospitais públicos) e eu fiz força para me erguer enquanto o médico dava os pontos e para ver pela primeira vez meu bebê: uma coisinha muito branca com narizinho de batata, igualzinho ao que eu já tinha visto nos ultrasons.

Mais tarde ele veio pra mim, enroladinho na manta presa com fita crepe, parecendo um pacotinho de presente: branquinho, bochechudo e com a boquinha fazendo um biquinho em forma de coração. Peguei ele no colo e ele abriu aqueles olhos de jaboticaba, olhando para mim com uma expressão de "ei, eu conheço você!" O instinto bateu forte e o coloquei para mamar pela primeira vez... eu tinha tanto leite que jorrava dos seios entre as mamadas!

Hoje se passaram dez anos e eu tenho um pré-adolescente em casa para cobrir de beijinhos e presentes... Um menino inteligente, doce e carinhoso, esperto e sem papas na língua e que quer saber o porquê de tudo ao seu redor, que já matou todos os peixes do aquário mas já trouxe gatos abandonados pra casa, que me faz morrer de rir e me deixa louca com a tagarelice, doido por aviões e que sonha em ser piloto se a hiperatividade deixá-lo passar na prova da academia.
Já quebrei um pé e virei noites acordada no hospital por ele e faria tudo outra vez. Já sofri e chorei de rir com ele. Sou uma mãe-gata, que adora ficar cuidando e lambendo a sua cria. Ele é ligadinho na tomada e tem o abraço mais gostoso que eu já recebi. Amo muito esse meu anjinho gorduchinho e levado!

Feliz aniversário, meu Gabriel. Não vejo a hora de poder te beijocar muuuito!

quarta-feira, setembro 03, 2008

Much needed bitchslapping

Existe emo, e existe tão insuportavelmente emo que adolescentes maquiados de franjinha comprida bateriam em você, pisariam em cima e sairiam de perto horrorizados.

Paciência tem limites, e eu não consigo ser amiga de um homem de mais de 30 anos que consegue ser tão emo que chega a ser irritante. Sorry, não consigo ter mais paciência pra isso, me sinto vampirizada, my bad.

E uma dica: se mais de uma pessoa se refere a você usando os mesmos termos que você não gosta, pare para pensar que ao invés de estarem conspirando para te ofender, você pode realmente, quem sabe, God forbids, estar errado.

terça-feira, setembro 02, 2008

Da série poesia numa hora dessas: Ciranda dos tempos modernos

homens que queriam ser mulheres...
homens que gostam de ser homens...
mulheres que queriam ser homens...
mulheres que gostam de ser mulheres...
... e gostam de...
... e detestam...

Coloque as frases num caleidoscópio e remexa com gosto, aprecie os detalhes e consuma com moderação.