quarta-feira, junho 30, 2004

Scary!!! Parando pra ver meus grupos de amigos no GAIM entre ICQ e MSN vi que eles totalizam 173 contatos divididos em 10 grupos. É MUITA gente, mesmo contando contatos duplicados de ICQ e MSN. E olha que há uns meses atrás eu fiz uma limpa geral... Levando-se em conta que sou antipática e anti-social com random users e que conheço em algum grau de intimidade offline 90% dos contatos da minha lista e que no Orkut tenho uns 97 amigos cadastrados sendo que deles nem a metade está no meu GAIM, estou começando a achar que conheço gente DEMAIS :P

Alguém me explica porque AINDA estou solteira???
CARALEO!!! A COMIC (u) MANIA VOLTOU!!!



ComicMania

A casa de 3 andares e vários ambientes abrigará 10 dias de diversão e entretenimento com sessões de vídeos do melhor da animação japonesa, palestras com convidados nacionais e internacionais, exposições, brindes e sorteios. Definitivamente o melhor programa para as férias de julho. O evento funciona das 12 hs às 22.00 horas durante todos os dias e é gratuito.

Destaques Comicmania 11:
Workshop Impacto Estúdios (Dias 03 e 04)
Exposição de Células de Animação (Todos os dias do Evento)
30 Anos de Mad no Brasil
Sessões de Vídeo Diárias Gratuitas
Brindes e Sorteios Diários

De 2 a 11 de Julho
Rua Senador Vergueiro 243 - Flamengo - RJ
Telefone de Contato: 21 xx 2205-7256

segunda-feira, junho 28, 2004

Were you a bookie kid too?

Lendo uma entrevista (na verdade duas) do tio Neil não pude deixar de me identificar com o pedaço em que ele diz que não só lia tudo quanto caía nas mãos dele (bom, eu ainda faço isso) mas que se você tivesse que localizar ele numa festa, ele era o garoto com um livro. Eu era assim, rs... Quando era arrastava pras festas de família, principalmente a madrinha da minha mãe em Copa, todo mundo já sabia que eu iria achar uma estante de livros, pegar alguns e ficar lá quietinha até a festa terminar. Eles deixavam, porque eu "não dava trabalho" rs. E hmmm, eu me identifico com o resto da entrevista também. Incluindo o pedaço de quando uma pessoa que não lê vai na sua casa, vê sua estante de livros e pergunta "TODOS esses livros (e no meu caso, gibis) são seus? Mas você leu TODOS eles???" he. Melhor não contar QUANTAS vezes já li cada um :/
Luke Brown on Shamballa Galleries
Leitura em dia: Li semana passada O Enterro do Diabo, do Gabriel Garcia Marquez.
Lerei em breve O Código Da Vinci, emprestado da diretora da empresa hehe.
Fogosa me passou uns e-books do Marquês de Sade, he.
Estou re-lendo em e-book Children of Dune mas que falta que faz o Palm pra isso...

Estou precisando de novos fornecedores. Quem se habilita? < /set voice ="Return of the Living Dead"> Liiivros... Liiivros... Eu quero devorar liiivros...< /end voice>
E sábado eu tinha uma festa junina das minhas con-cunhadas (meu irmão tem mais cunhadas que o Mauro Rasi tem tias e a Márcia Frazão avós) pra ir com o Gabriel, mas ao invés disso ele passou mal e terminamos passando a noite no hospital, eu acordada, ele no soro.

E domingo eu ia levar o Gabriel na Parada GLBT. E domingo a gente ia pra casa de uma amiga do meu irmão em Friburgo. E domingo eu ia levar ele no Beto Carrero que está(?) em Niterói. E domingo a única coisa que houve é que ele teve alta de manhã mas voltou a vomitar de noite e mais uma vez eu dormi muito mal...

O que fica: qualquer problema com a cria da gente dá um aperto no coração...

E qualquer pessoa que venha falar do final de semana dizendo frases do tipo "eu fui em tal lugar, foi muito bom, você perdeu" corre o sério risco de levar um tiro :P
Sábado finalmente terminou a novela da pintura do apartamento. Agora, arrumar CAIXAS e a bagunça. Parece que seguindo o acréscimo de desordem no local, a entropia resolveu se manifestar com toda sua força caótica. Coisas quebraram, o gato lembrou de marcar seu território sobre recordações queridas do meu passado, o scanner que emprestei pro moço bonito deu pane, enfim... o horror, o horror, o horror (eu ando lendo Invisibles demais). A diferença é que eu resolvi não me estressar com isso, contabilizar os prejuízos na lista de coisas a comprar (e, pelo visto, renovar), pegar o que vale a pena e guardar nas caixas, pegar o que sobra e descartar. Não é a primeira vez que tenho que aprender a lição do desapego na marra...
Oh, Holli, I gonna miss you too! Good trip, lover. Come back to me in january :(

sexta-feira, junho 25, 2004

♥ ♥ bookmarks on unicode: http://www.bigbaer.com/sidebars/entities/

http://www.alanwood.net/unicode/miscellaneous_symbols.html ♫ ♫
Eu QUERO TV a cabo... Eu QUERO... Eu QUERO... Quem gravar pra mim ganha um beijo na boca :)

The L Word!!!
Eu nunca pensei que minha loucura te cortejaria com tamanha intensidade...
Sonhei com você a noite inteira. Que coisa estranha e deliciosa... Não é a primeira vez. Mas a poesia desta noite me enlevou de tal forma que nem sei definir... algumas vezes acho que é como Flames do V.A.S.T. The only thing... at all. Saber que tenho você penetrando meu inconsciente a cada noite com intensidade e eu não quero acordar, ardendo em febre, presa nos teus braços, tua boca no meu pescoço, e talvez um íncubo vista a máscara do teu corpo e abuse da fragilidade de meus sonhos... mais reais e freqüentes, no entanto, que a medida do cotidiano. Não me importam os motivos tanto quanto o fato de que hoje piso suavamente sobre os traços que ainda não evaporaram dessa poesia...

quarta-feira, junho 23, 2004

Enquanto vou desaparafusando coisas da parede para preparar o resto da casa para a reforma, tomo a decisão de aproveitar que todas as coisas estão mesmo fora do lugar para guardá-las em caixas.

Faltam três meses ainda para que eu esteja livre para me mudar deste lugar para onde quer que seja, e eu não aguento mais... 27 meses aqui.
E descubro dentro de caixas muitas coisas que eu achava perdidas, e tirando coisas das paredes e optando por não colocá-las de volta no lugar noto o quanto é estranho este apartamento para mim sem elas.

Cada pequeno detalhe, as estrelinhas fluorescentes da parede do quarto do Gabriel, os potes de cerâmica em cada cômodo com seus pequenos bruxedos, os quadros pelas paredes, mensageiros dos ventos nas janelas, que tipo de livro fica em cada estante, tudo isso faz um lar. MEU lar, e do Gabriel. Construído lentamente com cada pequeno toque que fomos acrescentando com o passar do tempo, para torná-lo a nossa cara. E agora, rapidamente, este apartamento deixa de ser nosso lar para ser apenas o lugar onde habitamos, por enquanto. E meu novo lar ainda não tem forma nem cara.

Depois que as caixas estiverem empilhadas, estaremos apenas contando tempo.
Dá um pequeno aperto no peito saber que este não é mais o quarto onde vivi o começo de duas histórias e meia de amor que, cada uma a seu modo, mudaram minha vida. E as estrelinhas e apanhadores de sonhos, assim como os pesadelos do Gabriel, não fazem mais parte da história daquele quarto.

Yule começa hoje e só farei o primeiro movimento quando o próximo sabá chegar. E quero comemorar Ostara fazendo de um novo apartamento meu novo lar.

O auto-exílio termina com a mudança de cidade.

Não serei mais inatingível pelas coisas das quais me afastei, mas estou mais forte, mais adulta e mais madura e acho que dá para encarar. Além do que, finalmente vai dar pra receber visitas em casa sem aquela história de "eu moro muito longe pra vc me visitar/não posso passar a noite com vc pq vc mora longe de tudo".

Finalmente minha casa vai voltar a ser (assim espero) pouso de maluco!!! :))
Tou sem web em casa. Essa postorragia acima é de sábado. Nem sei porque me importo. A maioria dos que vêm aqui não lêem os posts longos... Mas eu sei quem se dá ao trabalho de ler e comentar. E eu amo vocês por se importar :)
A Lhilha que está certa, sabe. Eu devia aprender com ela...
Hoje descobri que sou mais do mesmo. Uma mulher romântica no meio de um mar de mulheres igualmente românticas, apenas mais uma, que pena. E isso me fez bem. Depois de ser pré-julgada a minha vida inteira como weirdo, diferente, esquisita, etc descobrir que não satisfaço os ideais de alguém em busca de uma mulher "anti-convencional" porque apesar de bissexual/ninfomaníaca sou romântica e fiel é muito bom! Existe normalidade em mim. Mediocridade até. Uma pessoa que não pude ajudar veio com a pérola de que "eu tinha um talento para a estupidez". Na verdade, eu não queria/podia dar o que ele esperava de mim. Depois a pequenez da coisa foi irritando e liguei o foda-se, afinal ninguém paga minhas contas.

Embora eu saiba que é SEMPRE assim quando as pessoas têm uma imagem pré-formatada do que querem que você seja na cabeça e quando você não corresponde, seja por tédio, um pouquinho de crueldade anarquista ou o fato de que caralho-eu-odeio-que-tentem-me-encaixar-numa-forma-pré-determinada-e-cago-mesmo elas partem pro ataque procurando te ferir de alguma forma, seja dizendo que você é medíocre, estúpida, mais normal do que ele pensava ou não era bem o que ele pensava. Mas a pessoa que eles visualizam é uma fôrma vazia que eu não tou a fim de preencher. Fica lá a roupa mental moldada na forma do corpo ausente, eu não vou vesti-la, so sorry. Estou satisfeita comigo mesma, nem te conheço, porque deveria me abrir para você ou me rebaixar a ser do jeito que você quer só porque é do teu agrado? O engraçado é que essas pessoas não querem conhecer gente, não a fundo. Elas querem rotular, encaixar peças quadradas em buracos redondos porque só conhecem buracos redondos... Pessoas mudernas, inclusive, com suas fantasias sexuais insatisfeitas escondendo necessidades que eu não tenho. Eu me divirto. Fico na minha, dou um sorriso filho da puta e vejo a parte da humanidade com que não faço questão nenhuma de interagir cumprindo direitinho seu papel de confundir a superfície com o interior e sair por aí decepcionada porque não entende o que meus amigos e amores viram num ser tão desprezível como eu...

quinta-feira, junho 17, 2004

Ontem foi MUITO bom... quem não foi perdeu, mas tem toda quarta. Recomendo que você aí, criatura desavisada e curiosa, leia o relatório do Divino e a versão da Fogosa para o encontro! E NÃO, eu NÃO vou explicar o que está mal explicado nos dois relatórios sobre a relação do moço bonito comigo e com o xadrez nem a porrada! Mas tenho cá meus motivos para hoje estar sorrindo com cara de boba...

E que venham logo as fotos!!!
Recitar! Mentre preso dal delirio!
Non so più quel che dico
e quel che faccio!
Eppur è d’uopo sforzati!
Bah! Sei tu forse un uom?
Tu sei Pagliaccio!
Vesti la giubba
Ela faccia infarina.
La gente paga e rider vuole qua.
E se Arlecchin t’invola Colombina,
ridi, Pagliaccio, e ognun applaudirà!
Tramuta in lazzi
lo spasmo ed il pianto;
in una smorfia il singhiozzo
e’l dolor! Ah!
Ridi, Pagliaccio,
sul tuo amore infranto.
Ridi del duol che t’avvelena il cor.


quarta-feira, junho 16, 2004

Tem encontro crossover da lista Cinevídeo, do Covil e do KLASS (klã de leitores e amigos do blog do James Bond he) hoje na GANP. Detalhes aqui. Se você estiver de bobeira, apareça pra tomar umas cervas e jogar conversa fora.
A CERJ cortou a luz do meu apartamento. Ligando para lá descubro que enquanto o proprietário não quitar suas dívidas de outros apês com a CERJ eles não irão ligar a MINHA luz.

Estou pensando seriamente em começar a guardar minhas coisas em caixas e passar cada vez menos tempo nesse apartamento até o contrato de aluguel expirar.

segunda-feira, junho 14, 2004

Resumo do feriadão (até que não deu pra odiar esse, mas eu bem que poderia :P)

Quinta

Teoricamente começaria a reforma no meu apartamento. Só que o proprietário não comprou o material e o pintor resolveu chutar o balde por conta da incompetência do tal... Ai, ai.
Fui com Gabriel fazer comprinhas em Alcântara (Rua da Feira, pólo de roupas a preço de fábrica). Fiz bon marché, como sempre. Comprei casaquinhos a preços inacreditáveis e umas pastas de arquivo para tomar coragem e organizar a papelada. Comprei tintinhas para Gabriel pintar também, já que semana passada comprei tinta acrílica e estou tentando voltar a pintar e eu conheço minha criOnça.

Sexta

Paguei o aluguel com uma cara tão fechada que o cara da imobiliária não parava de me pedir desculpas e repetir que ia resolver o problema. Finalmente, na hora do almoço, o proprietário resolveu dar as caras com a @#$#% do material pra reforma do apartamento e eles conseguiram convencer o pintor a fazer o serviço. Peguei meus classificados do Fluminense, botei Gabriel embaixo da asa e fui pra Niterói ver apartamento. Gostei da maioria, fiquei surpresa, eles são amplos, arejados, com cozinha grande como eu gosto e alguns têm até área e varanda. Sinto que meu caso de amor com Niterói vai longe... Mas a busca pelo bon marché continua! E no jornal de domingo vi vários anúncios interessantes :)

... eu e Gabriel em Niterói means parada obrigatória na Siciliano do Plaza, que ele diz que é "nossa livraria". Ele me fez ler para ele um atlas infantil do corpo humano INTEIRO mas em compensação eu li para ele depois os três primeiros capítulos de Coraline, e ele gostou, assim como eu. Só não parou muito quieto na cadeira. É que ele estava ansioso para ver Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, rs...

E vimos, e eu passei os últimos dias ouvindo Gabriel gritar "Expec-tcho Patch-ronUM!" pela casa porque vimos uma reportagem na TV sem dublagem e ele faz questão de imitar o sotaque do Danny Radcliff. E eu também acho o que todo mundo já achava, que cortaram muita coisa do livro mas o filme é foda, vale a pena ver, e gostei MESMO do toque mais sombrio na história. E vou parar para reler Harry Potter.

Sábado

Finalmente o pintor veio e a reforma começou. Minha casa que é meu reino está um caos, mas tá limpinha. Mas como o moço bonito me lembrou, ter de arrumar tudo de novo na estante é uma excelente desculpa para passar o dia inteiro relendo Sandman. Se bem que eu já fiz isso TANTAS vezes que nem dá para contar. Acho que vou reler Invisibles rs...
Quando o pintor foi embora bateu AQUELA ressaca do excesso de atividades do dia com direito a dor de cabeça, insegurança básica, fantasmas do passado me assombrando e crise de depressão... E minha casa continuou uma bagunça. E tentar acessar a Internerd de casa com meu Lentium está se tornando uma experiência muito lenta e dolorosa. Não farei mais isso. Pelamordetodososdeuses, alguém me doa um micro novo?

Domingo

Ressaca da depressão com direito a pesadelo horrível mas um telefonema salvou a minha manhã e me fez muito bem e eu sou uma boba mesmo... que bom!

Mercado, comprar merenda pro Gabriel e tal, vem a surpresa desagradável: minha conta bancária estourada?! Descubro que o cheque do aluguel bateu no mesmo dia que paguei a imobiliária! E eu contando com o feriado para fazer o cheque compensar só quando meu salário entrasse na conta fiquei oficialmente dura. Toca pra casa pra pegar o Visa que sempre me salva nessas horas... E a idiota esquece o CELULAR no mercado. Volta correndo no mercado e chega arfando em casa... @$@#%$!!! AINDA bem que a reforma do apartamento finalmente começou... Pelo menos me consola de estar sem um centavo na conta até o dia do pagamento!

Papai e mamãe resolveram pegar conjutivite o que adiou meus planos de levar a família junto para levar o Gabriel pra ver o Beto Carrero, que está em Niterói. Mas meu irmão deve vir pro Rio nas próximas semanas, o que dá uma excelente desculpa para reunir mais gente da família pro passeio... Porque fazer programinha família, apesar de todas as brigas, também é preciso.

E de resto levei Gabriel pra festa de Santo Antônio na igreja do lado do sobrado em que eu morava antes, mas acabamos meio decepcionados, só tinha uma barraca mixuruca de pescaria, chutamos logo o balde e partimos pro "parque de diversões" que montaram no terreno baldio ali do lado, onde meu molequinho se divertiu muito mais que na "festa".

O que fica: Sábado a novela da reforma continua. E eu não vejo a hora do meu contrato de aluguel vencer :/

sábado, junho 12, 2004

Sinto falta de um pequeno milagre. Em uma noite como essa, há alguns anos atrás, quando tudo estava perdido, ele apareceu na minha vida. Tocou violão para mim no telefone, conversou horas a fio...
Onde, baby, onde estão os meninos como você? Meninos sensíveis de esqueletos no armário, minhas almas gêmeas, os únicos capazes de entender e consolar as minhas dores? Eu bem sei que hoje você está, como todos os outros meninos sensíveis, na companhia da sua menina, fazendo o olhar dela brilhar, trocando beijos e presentes como bichinhos de pelúcia e cartões bonitinhos e todas essas coisas que eu nunca ganhei na vida (nem de você). Mas eu estou aqui sentindo falta do violão e pensando, sabe, em todas aquelas coisas fofinhas a que eu nunca tive direito e que eu gostaria de ter alguém para me dar pelo menos
uma vez na vida... Eu também ando cansada amor, do preconceito. Seja porque eu tenho filho ou porque eu não me escondo dentro do armário, tem sempre um motivo para alguém não querer ficar a meu lado. Porque é tão difícil alguém me amar sem impor condições absurdas pra isso? Eu não posso fingir que não tenho filho... E já ouvi cada coisa por conta disso que dá vontade de chorar...

"Quem está vencendo?" perguntou Katchoo para Francine "Eles estão." ela disse.
Sim, eles estão vencendo. Preciso de um pequeno milagre.

E engraçado como meu namorado mais carinhoso foi uma menina. A única pessoa que sabia que para me fazer feliz é preciso realmente muito pouco. Sinto falta da minha Francine... O pouco que ela me deu teve mais valor que o nada que todos os outros me deram.
Acho que estou vivendo Angie. "With no loving in our souls and no money in our coats who can say we're satisfied? Angie, Angie, who can say we never tried but Angie, ain't it time we said goodbye?" Mas Angie c'est moi maintenant.
Tinha um filme com o Eric Stoltz e a Mary Stuart Masterson chamado Alguém Muito Especial (Some Kind Of Wonderful) de 1987 em que ele pedia ajuda a ela, sua melhor amiga, para conquistar a garota mais bonita da escola. E puxa, ele armava O encontro...
Com direito à amiga servindo de motorista... E ele compra um par de brincos para a garota mas na verdade ele é um idiota, porque quem queria aqueles brincos mais do qualquer coisa do mundo é a Mary Stuart Masterson.
No meio do encontro, dentro do museu, ele se toca de que é a amiga que ele quer e quando ela ganha os brincos é a coisa mais lindinha do mundo, ela ri, fica sem graça, chora, tudo ao mesmo tempo, eles se beijam, happy end e tal.
Eu acho que banquei a Mary Stuart Masterson fim de semana passado... Sem direito a happy end. Achei que os brincos eram para mim. Gostaria que os brincos fossem para mim. Não é nem como em Simplesmente Amor, em que ela acha que vai ganhar o colar caríssimo mas o colar caríssimo é para a "outra" e ela ganha o CD da Jony Mitchell. Eu não vou ganhar sequer a droga do CD...
Porque a vida não tem happy end? E o que eu fiz para merecer ser humilhada desse jeito?
Dia dos namorados com chuva. Assim como o Natal, esse é um dos dias do ano com a rara capacidade de sempre me deixar altamente deprimida.
Esqueletos no armário... Algumas dores antigas que teimam sempre em voltar para me assombrar em dias como esses.
Talvez por isso eu não goste de ficar sozinha nessa época do ano. Eu não quero me LEMBRAR.

terça-feira, junho 08, 2004

Bookmark du jour: bandes dessinées
Eu acho que é amor. Porque eu, assim tão dividida, fragmentada, espalhada todas as vezes em que me sinto só, tão terrivelmente sozinha no meio de tanta gente, tanto vazio, lembro que não estou só de verdade. Porque você vive dentro de mim. Eu ando pelas ruas, por casas, bares, restaurantes, bocas e corpos e não me encontro em nenhum lugar. Mas a cada passo que dou, quando fecho meus olhos e sonho, quando ando pela Cinelândia sob o sol do inverno ou mesmo por qualquer motivo que seja, a cada segundo que me distraio da vida lá fora, você me vem. É o teu jeito de sorrir como um menino folgado quando se espreguiça gostoso esticando os braços, todo esparramado na minha cama. É o contraste da pele branquinha com os pêlos da barba que cresce rápido e você sempre reclama mas eu acho um barato, é tão seu, como todo o resto também, e eu amo tudo o que vem de você, cada detalhe e gesto. É a voz meio rouca no telefone, e às vezes tão límpida e clara, e eu nunca sei de qual das duas eu gosto mais. É a lembrança das marcas no meu corpo na frente do espelho, rindo meio divertida meio revoltada, porque cada uma delas evoca a maneira com que foram feitas. A luz do sol refletida no mel dos teus olhos de cílios tão longos, e eu nunca vi nada mais bonito que a cor dos teus olhos naquele dia, mas fiquei apenas observando e quantas e quantas vezes depois procurei olhar nos seus olhos apenas para confirmar que eles eram tão absurdamente belos quanto ficou gravado na minha memória. E são, mas nunca me canso de olhar. Essas horas que você me pega olhando pra você e pergunta "que foi?" e eu respondo "nada." E é também o jeito sério e responsável, táo compenetrado. E o menino grande adormecido no qual eu me aconchego como se fosse um bichinho. Eu já perdi você mil vezes. Eu já chorei todas as lágrimas que poderia chorar e já voei pra longe de você, arranquei você de dentro de mim com violência, tentei mesmo te odiar, só para descobrir que em todos os lugares que eu olho eu ainda te vejo. Eu fugi de você apenas para descobrir, no instante em que minha pele esbarrou na tua novamente, que não importa o que eu queira, o que eu faça, o que eu sinta, eu sou tua. Definitivamente tua. São minhas mãos que percorrem o teu corpo sem que eu perceba o que estou fazendo, é o jeito que você tem de me abraçar que me faz esquecer de mim mesma e de todas as promessas que fiz e não consigo cumprir no instante em que tua boca toca meu pescoço... E eu já te perdi tantas vezes, tanto, de tantas formas, que quando te tenho me entrego inteira e vivo cada segundo como se fosse a última vez. Te trago para dentro de mim numa tentativa boba de achar um jeito de não te perder novamente por inteiro. E é assim, talvez, que você acabe transpirando de mim a cada instante que me distraio da minha vida inconstante. Estar a seu lado fazia a minha vida mais bonita. Eu era mais mulher e mais menina, eu era simplesmente feliz, e isso sempre foi tão raro na minha vida... Por isso talvez eu ache que ainda te amo. Não achei ainda outra explicação para me pegar com um sorriso nos lábios e um jeito de menina sapeca no meio da rua, alheia aos olhares curiosos que tentam desvendar o que há. É você, dentro de mim. Again, and again, and again. E eu agradeço aos deuses, meu amor. Porque se não estou menos sozinha nesta vida, eu sei que me sinto menos vazia com a lembrança do teu sorriso para me acalentar.

segunda-feira, junho 07, 2004

Coisa de designer: Quick color - cores complementares.
Meu coração não quer deixar meu corpo descansar... O que há de errado comigo? Não consigo encontrar abrigo. Meu castelo é campo inimigo... E eu não sei, não sei mesmo. Sei que o cansaço do último contratempo tem mais do que muito a ver com isso, mas não estou nadinha satisfeita comigo mesmo. Eu queria mudar... Mudar é fácil, é o melhor caminho para não acabar sentada no seu sofá pensando mais uma vez se irá doer muito no momento em que a lâmina do bisturi finalmente atravessar a pele do seu pulso, misturando todas as cores dos lápis aquareláveis com o vermelho do meu sangue... É que eu mais uma vez me pego de ressaca da vida, insatisfeita comigo mesma e pensando: o que eu quero da vida? Estou vivendo o hoje, mas e amanhã? Ah, as coisas que eu quero demandam dinheiro. Mas o que eu quero? Uma vida burguesa consumista em que finalmente o bom apartamento com os móveis novos e os gadgets que eu desejo se conjuguem com sair à noite e ver vídeos e ir ao cinema e me drogar com pão e circo até finalmente algo fechar o livro por mim e então isso lá é motivo pra ficar viva? Anestesiar o sofrimento da existência navegando na Internet e jogando joguinhos de computador pra não ouvir aquela vozinha gritando lá dentro? O que eu quero? Quem eu sou neste momento? Quem eu serei daqui a dez anos? Pelo que eu luto?

Essa insatisfação súbita tem um nome, deriva do meu desejo intenso e incômodo de me APERFEIÇOAR. Porque no momento não sou boa o bastante para que nenhuma das mudanças que desejo fazer na minha vida ser consistente. É tudo um grande marasmo. Meantimes, meantimes. E eu perco oportunidades mas há que ter algo que me desgarre do rochedo, me raspe e me jogue no meio do mar. Eu grito, e o grito faz eco dentro de mim. Mas tudo é meantimes, eu não tenho dinheiro para me aperfeiçoar mas também não tenho tempo para fazer por conta própria e os impulsos são mornos e eu vou me achando medíocre e morninha e tanta gente melhor do que eu afinal... E nessas horas uma parte de mim grita: e aquela pessoa? Se perdeu? E outra diz: Eu acho que na verdade nunca fui... Mas como saber se eu nem tento? E como superar a mim mesma se sempre fica bom mas nunca é bom o suficiente? Estou esquecendo tanta coisa... Eu quero: reaprender a desenhar, reaprender a photoshopar, reaprender a fazer um flash decente, estudar anatomia, perspectiva, voltar a escrever, concretizar pelo menos uma idéia, levar pelo menos alguma coisa até o final. Tão fácil ficar no meio do caminho, fragmentada, cada vez mais. Queria algo de fora, uma droga, um impulso, um conselho, um amor que fosse que me fizesse sair de mim mesma e finalmente dar frutos ao invés de definhar lentamente no plano do potencial irrealizado. "Poderia ter sido" não me consola, me envenena. Mudar, mudar, mas como?
Link du jour: Kenny Meyer Jr. Arte foda!

sexta-feira, junho 04, 2004

Ok. Relatório então.

Vocês são uns chatos... Mas obrigadinha pelas demonstrações de carinho e preocupação gerALL.

Sábado fui ver O Dia Depois de Amanhã com o KLASS. Tudo normal, Mercadinho São José depois etc.
Mas domingo uma região mui delicada do meu corpo começou a doer. E inchar. "Bom, vou deixar pra me preocupar se piorar. Não acho que seja uma emergência." Era. Porque foi doendo cada vez mais forte e inchando cada vez mais até se tornar realmente insuportável.

Segunda 6:30 de uma manhã com uma noite muito mal dormida ao invés de ir pro trabalho eu estava no HCA* desesperadamente tentando manter o auto-controle enquanto esperava a minha vez de ser consultada no ambulatório, cansada demais pelo esforço de controlar a dor e a noite mal-dormida para ficar em pé, dolorida demais para conseguir ficar sentada sem me sacrificar mais ainda. A primeira coisa que levei do médico foi uma bronca, pois eu não deveria ter esperado até segunda para procurá-lo. A segunda foi uma dispensa do trabalho de dois dias, uma receita cheia de antibióticos e o anti-tudo mais potente do mercado. Como diagnóstico, uma infecção numa glândula que não ensinam para a gente a localização e a existência nos livros de biologia do colégio e eu sequer sabia que existia, mas que se deu a conhecer da forma mais dolorida possível.

Então fui acampar em casa de mamãe, que exatamente por ser extremamente chata com horários de remédios e hipocondríaca de carteirinha é a melhor pessoa pra cuidar dos outros nessas horas.

Só que... terça-feira chegou, passou e nada do Vioxx fazer efeito. Nem dos antibióticos. Foi batendo o desespero, a dor não me deixando nem dormir. Lembrei da bronca inicial e resolvi ir pra emergência do HCA. Eles são rápidos, eles são prestativos, e a médica que me atende chama o outro médico de plantão do setor e eles resolvem que têm que fazer uma intervenção... (essa é a cena em que o filme se torna preto e branco, a iluminação sombria, relâmpagos surgem nas janelas e você deve tirar as crianças da sala pois as cenas a seguir serão fortes - pelo menos para mim foram). A médica boazinha me avisa que eles só poderão anestesiar o local onde a agulha será introduzida mas a área em si NÃO. O médico de plantão surge com uma agulha grande, grossa e assustadora. Eu tenho que escolher entre esperar o inchaço aumentar até uma hora estourar ou aceitar fazer a punção sem anestesia, sentir dor naquele momento mas melhorar rápido depois. Eu opto pela segunda, CLARO. Mas nem trincar os dentes e cravar minhas unhas na palma das minhas mãos me impede de gritar. Gritar MUITO. Com a médica me segurando. E depois de extrair parte do "material" ele avisa que vai precisar fazer uma segunda punção, se eu agüento. Não, mas deixo assim mesmo. E vai por mim, a segunda vez foi MUITO, MUITO mais dolorida. Eles ficam com pena de mim e resolvem me poupar da terceira. Tem lágrimas rolando dos meus olhos e mesmo assim eu estou extremamente agradecida. A cor volta ao filme. Eles preenchem outra receita com mais uma carrada de antibiótico. Mais dois dias de dispensa do trabalho. Dessa vez eu nem reclamo. São 1:30 da manhã no relógio do carro quando eu finalmente desmaio de cansaço. A jornada de volta parece demorar três vezes mais que a da ida.

Quarta passou entre horários de antibióticos, assepsia local, muito sono, sonhos confusos e o abraço gostoso do Gabriel na volta da escola. E assim passou quinta. E voltei ao HCA, e o médico de terça me liberou para trabalhar. Mas tanto ele quanto o de segunda me deram uma notícia desagradável. Que se o problema voltar eu talvez tenha que operar o local. E aí serão vinte dias de molho em cima de uma cama... Se eu não aguento três dias imagine quase um mês!!!! Eu odeio ficar doente. E odeio ser pega de surpresa por uma doença. Quatro dias SEM TRABALHAR deitada numa cama convalescendo, sem poder sequer sentar na frente do computador e na casa dos meus pais... O moço bonito até me sugeriu aproveitar o tempo para ler. Claro. Só que na casa dos meus pais o máximo que vale a pena ser revisitado são os clássicos da literatura brasileira... Todo o resto é a vasta biblioteca de Economia, Administração e Matemática Financeira do meu pai :/

SIM, eu reli O Ateneu, o Primo Basílio e Esaú e Jacó. Era isso ou as novelas da Globo, a sessão da tarde e a Ana Maria Braga.

Estou bem agora? Não. Estou dolorida. E MUITO cansada. E cheia de remédio pra tomar. Mas tenham paciência comigo. Eu me recupero rápido ;)

*Hospital Central da Aeronáutica