segunda-feira, setembro 30, 2002

Perdi meu amor. Não há nada que eu não fizesse para mudar isso. Tenho que viver com isso. Mas não quero mais viver. Não quero. Sim, sei que tenho responsabilidades, um filho etc etc etc. Eu continuo aqui. Mas estou morta. Ele não vai voltar. Hoje, eu desisti de viver. Não faz mais diferença. Desisti MESMO de viver. Minha vida ficou em outro lugar. O que me fazia gostar de viver nunca mais vai voltar. Eu perdi. A lembrança dele dói. Não quero esquecer. Não posso. É tudo o que tenho. Não tenho mais nada nem ninguém. Não quero mais nada nem ninguém. Tudo que tenho. Seu cheiro, seus olhos, seu sorriso. Sua raiva. Sua mágoa. Seu amor. Seus segredos. Meus pesadelos. Meu erro. Perdi tudo isso. Ficou apenas o erro. Não posso viver com essa dor. Simplesmente não posso. Estou desistindo de tudo. Hoje passei do limite do desespero. Eu não quero mais viver, assim ou de qualquer outro jeito. "Acabou", ele disse. Sim, acabou.
This is the first day of the rest of my life.

Era uma vez Daniel. Eu estava há dois semestres na faculdade. Judeu, branquinho, bonito e inteligente. Ele havia se transferido de cinema para publicidade e rapidamente nos tornamos amigos. E eu me apaixonei perdidamente por ele. Eu adorava estar do lado dele. Fazíamos tudo juntos. Ele havia sido infeliz no amor. Eu também. MAS eu cometi um erro. Eu contei a ele que gostava dele. E isso acabou com nossa amizade. Ele não acreditava que eu pudesse estar ao lado dele sem querer algo mais. E quando ele olhava nos meus olhos, e via que eu o amava, isso só dava a ele certeza de que ficar perto de mim era errado. CLARO que eu não podia fingir que não o amava. Estava lá nos meus olhos. Mas mesmo isso ele não podia suportar. E ele passou a me evitar e me machucar.
Um dia, eu estava no corredor da faculdade. Chorando, não me lembro mais porque. E ele me viu. E me abraçou. Eu tremia nos seus braços. Eu sentia o perfume dele, o calor do abraço dele e me doía mais ainda saber que não teria mais nada dele, que não podia ter mais do que aquilo, que tudo para mim era impossível e proibido. E chorava mais ainda por isso. Eu acariciava seus cabelos, seu corpo com doçura, mas um desespero triste. Senti o rosto dele contra o meu rosto e durante algum tempo isso bastou. Mas aconteceu, nossos lábios se encontraram. Nunca um beijo na minha vida vai ser como aquele. Eu chorava por dentro, eu sentia que aquele beijo tão desejado, tão doce, tão desesperado, tão triste, pelo qual eu esperei tanto tempo ia me custar caro. Ele foi o fim. A partir daquele dia Daniel nunca mais se aproximou de mim. Eu o perdi para sempre.
Meu desespero me levou à loucura. Ele nunca me perdoou. Eu vivi para aprender a nunca mais abrir meus sentimentos. Para saber que, toda vez que me apaixono, é mais seguro deixar esse amor platonicamente morrer dentro de mim. Eu nunca digo "eu te amo". Eu nunca abro minha dor pra ninguém.

Hoje, mais uma vez, estou louca. Fui além de todos os limites. Meu coração só sente ágape. Meu amor só afasta, só força a barra, só fere quem eu amo e nunca se realiza. Eu sou Clarice uma vez mais. Sozinha em silêncio no meu quarto, onde só existe dor e desespero, com meu estilete, fraca e covarde. Estou cansada desse peso. Estou cansada dessa vida. De cometer os mesmos erros. Cansei.
I HATE MYSELF AND I WANT TO DIE

DisorderRating
Paranoid:High
Schizoid:Moderate
Schizotypal:Very High
Antisocial:High
Borderline:Very High
Histrionic:Very High
Narcissistic:High
Avoidant:Very High
Dependent:Very High
Obsessive-Compulsive:High

-- Click Here To Take The Test --



Sou um perigo pra sociedade... Agora me conta uma novidade.

quinta-feira, setembro 26, 2002

My lover's gone,
His boots no longer by my door,
He left at dawn,
And as I slept I felt him go
Returns no more,
I will not watch the ocean,
My lover's gone,
No earthly ships will ever bring him home again.

My lover's gone,
I know that kiss will be my last,
No more his song,
The tune upon his lips has passed
I sing alone,
While I watch the ocean,
My lover's gone,
No earthly ships will ever bring him home again,
Bring him home again


Odeio esse rádio...
Isso foi um requiem. Não vou falar mais sobre esse assunto. Ele está morto. Pessoas também. Inclusive dentro do meu coração.

Meu coração não quer deixar
Meu corpo descansar

Legião Urbana - o Livro dos Dias


A Tempestade finalmente chegou, em Ostara. A Primavera trouxe chuva, a chuva trouxe lágrimas, as lágrimas lavaram almas.

Este é o livro das flores
Este é o livro do destino
Este é o livro de nossos dias
Este é o dia dos nossos amores


E afinal o que é a vida? O que é certo? Traidora de mim mesma, eu abri meu coração. Eu dancei a ultima dança no meio da chuva, pisei sobre as lágrimas do céu, olhei nos olhos de outra pessoa e amei, como ninguém deveria amar.

A Tempestade veio. Chegou rápido, estava se anunciando no horizonte há tempos. Desde antes do furacão. Eu lembro agora do primeiro sinal da tempestade. Uma noite quente num lugar sagrado. Eu olhei para o horizonte e, naquela noite estrelada e limpa, eu vi a tempestade vindo na linha do horizonte. Negra, pesada, nuvens carregadas. Eu não podia dizer. Implorei aos deuses naquela noite por piedade. Eles não responderam. O vento começou a soprar friamente, e entrou pela minha alma gelada.

E veio o furacão. E ainda não era a Tempestade. Porque quando ela veio, não restou nada em pé. Ela não respeitou nada nem ninguém. Quem conjurou a Tempestade, qual dos três? Ou foi essa dança louca entre nós que a trouxe sobre nossas cabeças? Não importa. Minha doce menina, minha Lyta Hall, pequenina fúria. Meu menino frio fechou as portas do seu castelo de gelo. Eu abri as portas do meu coração. Como não morrer um pouco dançando inconsequentemente com a própria Morte? Oh, fomos nós que fizemos a Tempestade. Sei apenas que doeu. Algumas mortes são necessárias. Es muss sein? Muss es sein. É isso que tenho de encarar diariamente no espelho. Meus olhos. E minha alma dentro deles.
A Tempestade passou. Vazio. Estou sentindo frio. Mas o dia amanheceu azul.

terça-feira, setembro 24, 2002

Coisas que eu adoro na Internet: conseguir achar um filme que eu adoro sem lembrar do título do filme, nome dos autores, ano de produção, NADA a não ser o enredo e achar o filme de cara procurando no Google...



Vi esse filme numa mostra de cinema francês (o nome original é Le Huitième Jour) no Cine-Art UFF uns anos antes de me formar... Fiquei apaixonada pela história e NUNCA MAIS encontrei nada dele. Tava de bobeira e vejam só...
And still I can only be true to my heart's desire. I can only live by my heart. This is the only truth, the only thing that makes sense in my life. I live to do what my heart tells me to do. Isn't the worst. Isn't the better. It's just my only, unique way to live for real, to be true to myself, even if it's for pain, even when it gives me pleasure. I just can't live any other way and be happy. I don't know how.

segunda-feira, setembro 23, 2002

Palavras... Armas perigosas. Eu não gosto de palavras, quase tanto quanto não gosto de pessoas. Elas machucam, sempre. MAS eu gosto dele. Não sou coerente, eu sei. Talvez tenha medo demais dentro de mim. Quanto mais eu leio, menos eu quero saber. Nos teus olhos, amor, eu leio um mundo de coisas que não posso dizer. E se minhas palavras não fazem sentido, meus gestos falam por mim. Às vezes eu fujo daquilo que amo. Às vezes eu não quero dizer o que transborda nos meus olhos, toda essa dor, é minha, são meus fantasmas sangrentos, meus esqueletos no armário - uma vez me disseram que eu era a personagem de quadrinhos perfeita. Eu disse "quero ficar do teu lado". Não sei dar nome a isso. Simplesmente é o que eu quero. Não existe nada mais.

Eu queria ser a menina perfeita... mas acho que no final a gente acaba sendo perfeito para quem gosta da gente. Eu aprendi a gostar das pessoas como um todo. Só gente limitada me irrita e mesmo assim eu já amei pessoas MUITO limitadas. Triste ver pessoas se debatendo nos casulos que elas mesmas criaram ao seu redor... Amargo saber que mesmo que você tente mostrar pra elas que é tudo maya, que não precisa ser assim, elas só sabem viver daquele jeito. Eu luto o tempo todo pra não andar em círculos. Talvez eu seja a mosca mais idiota dessa teia, porque eu vejo os fios que me prendem e fico me debatendo inutilmente até cansar... Outros dias eu fico esperando simplesmente a aranha me devorar. Me sinto meio como Kassandra em Tróia, still my burden... to say the truth and be distrusted.

Esse finde me lembrei do grande amor da minha vida... Será que é preciso ser jovem e inocente para amar desse jeito? Cada lembrança dele veio a mim, cada pequeno detalhe... Como eu amei... Como era bom. Nunca mais, nunca mais Ricardo. Nunca mais teus olhos azuis de fim de tarde de verão, nunca mais o cheiro do teu corpo, nunca mais teus carinhos que liam meu corpo como se eu fosse teu livro preferido... A grama fresca e o sol de verão no domingo, a chuva, a lua, as estrelas, girar que nem menina nos teus braços, te amar, amar, amar até doer de tanto amor, te perder e te encontrar só para te perder de novo, ad infinitum. Never more. Não faz diferença agora, anos depois, tantos anos depois. Milhões de amantes quiçá se amarão sem saber do amor que eu um dia deixei pra você... Mas é bom lembrar. Me faz forte. Eu fui feliz.
Mais um finde ao lado da minha menina... Sexta fizemos uma reunião na minha casa ao melhor estilo Bruxas de Eastwick. Eu sou a Susan Sarandon. Estávamos eu, ela e a MB, que finalmente conheci. Muita cerveja, fofoca e brigadeiro de panela... E Gabriel pulando na cama às seis da manhã.
Sábado choveu e fomos para um churrasco do outro lado do mundo... Íamos pra Lapa, mas o edredon tava mais quentinho, rs...
Domingo fomos pro Garage. Caído. Dez anos que eu não ia lá, desde os meus 16. Eu pogo bem melhor que qualquer daqueles teens posers que tinha lá... Ela mesma mudou o roteiro. Finalmente conheci a famosa Spin. Me senti em casa... Mas virei abóbora no final da noite. Trabalho no dia seguinte, ser mãe e todas as neuras que acompanham isso... Teria sido um final de semana perfeito. Mas estou sendo assombrada por um fantasma. Eu não sei ainda como resolver isso. Está me dando pesadelos. Uma daquelas coisas que você só pode resolver sozinho, mas isso está me devorando por dentro. Fantasmas do passado, logo eu que resolvi só viver o presente e ando tendo tantos momentos especiais pra guardar na caixinha. Não, não, não... não vou ficar olhando tempo demais para o abismo dessa vez. Fiquei remexendo demais no passado, tá na hora de pegar a pá e enterrá-lo de novo no lugar de onde ele nunca devia ter saído. Malditos ladrões de túmulo. Mas tudo bem, eles desenterram eu enterro mais fundo.

sexta-feira, setembro 20, 2002

Eu entendi. Não posso dizer nada além de eu te respeito. E quero ficar do teu lado. Talvez eu também precise de um tempo. Sei lá.
Acordei tarde, ao som dessa música. Achei bonitinho, tocou meu coração. I love her. Really. Os últimos dias que tenho passado ao lado da minha Francine me mostram o quão pobre e injusta foi a escolha que me pediram pra fazer. Somos muito mais que isso. Ela estava certa, como sempre. Eu não tenho que escolher entre ninguém. Até porque ele fez de novo. Escolheu ficar sozinho. Acho que é a escolha que ele sempre faz no final. Me dói, me dói, me dói no fundo da alma. Se estava tudo bem, porque não? Porque sempre é não? Ele me fez escolher e no fim fez a mesma escolha de antes. Fair.
Eu não estou com pressa. Essa menina entrou na minha vida e cada momento que passo ao lado dela dá vontade de mais. E basta ficar ao seu lado. Eu nem sequer infringi as regras idiotas dele. Eu não me perdi e mesmo assim ninguém me perdoou. Pobre coração, quando o seu estava por perto era tão bom.
AND I LOVE HER - BEATLES

i give her all my love
that's all i do
and if you saw my love
you'd love her too
i love her

she gives me everything
and tenderly
the kiss my lover brings
she brings to me
and i love her

a love like ours
could never die
as long as i
have you near me

bright are the stars that shine
dark is the sky
i know this love of mine
will never die
and i love her

bright are the stars that shine
dark is the sky
i know this love of mine
will never die
and i love her

quinta-feira, setembro 19, 2002

Momento absurdamente carente da Tia Lanika (e porque a vida às vezes enche o saco):

Procura-se: Moreno alto entre 1,80 e 2m, inteligente, bonitinho, que goste de rock e poesia e trabalhe com arte (designer, músico, cineasta etc). Precisa gostar de dançar, ser romântico e sobretudo NÃO TER MEDO DE SE APAIXONAR E DE VIVER. Conta pontos: saber reconhecer uma orquídea, ser louco por beijo na boca e sexo, adorar dormir abraçado e fazer surpresas românticas e gostar de crianças. Fãs de quadrinhos, literatura e cinema, Tori Amos, The Doors e Pink Floyd são muito bem-vindos. Tocar violão é um plus. Não: menores de 21 anos, baixinhos, militares, frequentadores de academia e vida saudável. Cantadas idiotas. Ex-qualquer coisa, gente com mais de duas personalidades e neuróticos de forma geral. Basicamente tem de beijar bem, gostar de andar abraçado e ser ninfomaníaco assumido. O resto a gente conversa.

Os interessados favor enviar curriculum com foto para meu e-mail ou entrar em contato pelo ICQ 4915573.
Sem dúvida a melhor parte de The Sweetest Thing (Tudo pra Ficar com Ele) é The Penis Song:

“Oh my God! Your penis is so big
Your penis is so strong
What a handsome penis
You’ve got a pretty schlong.
You’re too big to fit in here
too big to fit in here
too big to fit in here...”

e fodam-se as disposições em contrário :P

quarta-feira, setembro 18, 2002

Tia Tori... come deep and talk for me:

CHINA

China, all the way to New York
I can feel the distance getting close
You're right next to me
But I need an airplane
I can feel the distance
As you breathe

Sometimes, I think you want me to touch you
How can I when you're building this great wall around you
In your eyes, I saw a future together
You just look away in the distance

China, decorates our table
Funny how the cracks don't seem to show
Pour the wine dear, you say we'll take a holiday
But we never can agree on where to go

China, all the way to New York
Maybe you got lost in Mexico
You're right next to me
I think that you can hear me
Funny how the distance
Learns to grow

I can feel the distance...
I can feel the distance...
I can feel the distance...getting close...

BELLS FOR HER

and through the life force and there goes her friend
on her Nishiki it's out of time
and through the portal they can make amends

hey would you say whatever we're blanket friends
can't stop what's coming
can't stop what's on its way

and through the walls they made their mudpies
I've got your mind I said
she said I've your voice
I said you don't need my voice girl
you have your own
but you never thought it was enough of
so they went years and years
like sisters blanket girls
always there through that and this
there's nothing we cannot ever fix I said

can't stop what's coming
can't stop what's on its way
Bells and footfalls and soldiers and dolls
brothers and lovers she and I were
now she seems to be sand under his shoes
there's nothing I can do
can't stop what's coming
can't stop what's on its way

and now I speak to you are you in there
you have her face and her eyes
but you are not her
and we go at each other like blank ettes
who can't find their thread and their bare

can't stop loving
can't stop what is on its way
and I see it coming
and it's on its way


Oh my dear, my love, don't let me be like her... Never, never the sand. Help me to find my voice, you that know my mind and my heart. Can't stop loving, can't stop what is on its way.

terça-feira, setembro 17, 2002

Engraçado... a vida se define por ela mesma :-)

E eu vou vivendo... E nos teus braços encontro meu santuário. Não preciso de nada além desse abraço e do teu olhar.
São os gestos que contam. A vontade de ficar junto. Estar em casa quando estou com você, independente se aqui ou lá. Esquecer do tempo e do mundo. Você conhece isso? É o que eu sinto, é o meu caminho que faço aos pouquinhos e não quero nada além disso. Ser. Estar. Te adorar. Eu não acredito em palavras e em promessas. Eu acredito tão-somente no que vejo dentro do teu olhar, do que sinto na tua voz ao telefone e no carinho de tuas mãos. Eu queria ter mais tempo para viver do teu lado, mas talvez por isso nossos momentos me sejam tão caros. Cada vez que você se preocupa comigo, que pensa em mim, que me liga você me faz feliz. E eu que nem sei se mereço... Mas estou aqui. E gosto de você. Muito.

Funny... as life always defines itself naturally : -)

So I go living... And in your arms I meet my sanctuary. I don't need nothing but your embrace and your look. Gestures count. The will to be together. To be at home when I am with you, independent of where. To forget the time and the world. Do you know this? It's like I feel, my path that I'm tracing slowly not wanting nothing moreover. To be. To feel. To adore you. I do not believe words and promises. I believe the only exactly what I see inside your eyes, what I feel in your voice on the phone and in the affection of your hands in mine. I wish I had more time to live at your side, perhaps because of this our moments are so rare to me. Everytime that you worry about me, that you think about me, that you call me you make me happy. And I don't even know if I deserve it... But I am here. And I like you. Very much.

segunda-feira, setembro 16, 2002

SUICIDAL REDHEAD: Passei 3 noites sem dormir de quarta a sexta e cara, nunca me senti tão bem em toda a minha vida! Fora a garganta que desistiu no meio do caminho, o que me deixa tão rouquinha que eu faço juz ao apelido de Katchoo e sempre me lembra da Phoebs em Friends (:P)... Cabelos devidamente tingidos de cereja no tempo exato de passar em casa na sexta, tomar um banho, trocar de roupa e ir (de novo!!!) pra Lapa. Estou virando figurinha fácil nas sextas do Caldeirão. Dessa vez tocou The Doors!!! Eu dancei como uma louca possuída numa orgia descontrolada de gestos cada segundinho daquela música... Gotta keep the mojo rising... get the mojo rising... gotta keep on rising... rising, rising... e break on through to the other side yeah! Isso me lembra que noite dessas tinha um recado do tio Jim na minha secretária eletrônica. "C'mon baby light my fire..."
Vi o dia amanhecer na barca e passei um sábado preguiçoso, dormindo em boa companhia e conversando até a noite chegar de novo... Sabe aqueles dias sem pressa de chegar a nenhum lugar? Feels like home for me. Sem amor somos todos estranhos no paraíso.
Domingo foi um dia azul. Passeei MUITO com o Gabriel. Estávamos com saudades um do outro. Quero fazer isso mais vezes. Ficar em casa com ele domingo é horrível. Eu acabo arrumando casa e a gente não curte o tempo que passa junto... Andamos de barca, fomos pra Lagoa, fizemos piquenique de biscoito e brincamos juntos um bocado, passeamos, passeamos, fizemos corrida de carrinho... Ele escolheu tudo o que queria fazer o dia inteiro. "Tia" Tatiana ligou chamando a gente pra tomar alguma coisa na praia com ela e os amigos e ELE decidiu que a gente ia, porque tava com "muita saudade", com aquele jeitinho de falar que só o Gabriel tem. Ele se esbaldou com a areia, roubou batata-frita, me deu um banho de Pepsi e conseguiu ficar acordado na van de volta pra casa o tempo todo, meus olhos de jaboticaba muito abertos apreciando a paisagem, quietinho, quietinho, pensativo e feliz, eu abraçando ele e sentindo o cheirinho gostoso que ele tem. Meu anjinho, meu bichinho carpinteiro. Meu molequinho. Vamos passar mais tempo juntos, companhia é sempre muito bem-vinda, viu Henrique? Ainda temos que marcar aquela ida ao Rio Zôo!

SUICIDAL REDHEAD: Passed three night without sleeping, never felt better in my entire life! I was living! Only my throat gave back and made me sound like Katchoo or Phoebs on am old episode of Friends. I dyed my hair red again on the exactly time to pass at home on friday, take a bath, change my clothes and go out dance (again!) on Lapa's Cauldroun. They played Doors!
I spent my lazy saturday in a very good companion indeed, chating until the night came again. Without love we're nothing but strangers in paradise. I had a sunny blue sunday, walking on Rio with my little Gabriel. We passed all day together and it was cool! I need to do it more times. I love him deeply.

domingo, setembro 15, 2002

sexta-feira, setembro 13, 2002

ah tá. E tomei uma média no pé sujo da esquina. Detalhe fundamental.
Este é um post virado. São oito horas da matina no micro do meu trabalho. A premiação da Associação Brasileira de Cinema foi o Oscar mais engraçado que eu já vi na minha vida. Não consegui ver um mármore ou fresco do Municipal sem me lembrar de Anne Rice e seu Violin. E ainda por cima eu, que nunca tinha reparado na cena do violinista do Xangô de Baker Street, fiquei chocada quando passou exatamente esse trecho na tela. Scary, scary. Produção linda, fila pra caramba, gente vip e gente se achando mais vip que os vips E O NOSSO FILME QUE ESTAVA CONCORRENDO A MELHOR PRÊMIO DE FILME ESTRANGEIRO GANHOU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! A gente pulou na cadeira, cara. Foi muito bom!!! Porque ninguém me disse que era tão bom? Quero que a Art ganhe um desses a cada semana. É quase tão bom quanto um orgasmo. Ah, e o filme era AMORES BRUTOS, antes que alguém me pergunte. Tem sempre um pra não ler jornal :P

A festa na Marina da Glória foi alguma coisa... Nem dá pra dizer. Aquela tenda louca, o som tipo um "black music" misturando soul, hip hop e teoricamente ritmos negros brasileiros e swingados tipo Jorge Benjor etc (o Seu Jorge, ex-Farofa Carioca e atual ator de Cidade de Deus fez um show longuíssimo - aliás, o momento da premiação de melhor filme com os meninos de Cidade de Deus foi MUITO LEGAL!) com mambo, bolero, Orishas e disco 70's, as inacreditáveis poltronas de bolinha de isopor em formato de estrela, comidinhas e bebida para todos os gostos, gente, gente, gente, artistas, malucos, eu... E ainda por cima ver o dia amanhecer de black tie, toda despenteada, na marina da Glória. Lindo, lindo, lindo...

Bix, nem rola sábado eu ir no TdB. Preciso dormir. Tô duas noites virada. Não tenho mais 16 anos, quem tem é você :-)

quinta-feira, setembro 12, 2002

Tô com saudades do meu ami-amour... O que será que ele está fazendo a essa hora, lá tão longe em algum lugar da França? Será que ele ainda acaricia a tela do iMac olhando a minha foto, pensando em mim? On ne se perd pas, j'espere.

Vou vestir o longo de veludo furta-cor hoje. Evento de gala aqui pela empresa. Premiação da Mostra BR de Cinema Brasileiro, babado assim. Globais, televisão, Teatro Municipal, festa privê na Marina da Glória. Tipo assim: eu ADORO esse trabalho!!! MAS se eu aparecer em alguma coluna social amanhã eu me mato. Pensando bem, nah... Vou pra Copa ou pra Lapa. Amanhã eu penso melhor nisso, dependendo de onde vou acordar quando essa noite terminar.

quarta-feira, setembro 11, 2002

"Eu tive fora uns dias, numa onda diferente e provei tantas frutas que te deixariam tonta e nem te contei que eu te procurei pra me confessar... eu chorava de amor e não porque sofria... eu tive fora uns dias, eu me odiei uns dias, eu quiz me matar..."
Desliguei o celular. Desliguei o ICQ. Desliguei o Messenger. Não quero saber. Não vou ler e-mail. Não vou ler blog. Nem vou ligar o computador. No máximo, pra sincronizar o Palm. Estou dando um tempo pra mim mesma. E quem realmente se importa comigo sabe onde me achar. Preciso trabalhar. Preciso cuidar de mim e do meu filho. "Eu não me perdi e mesmo assim ninguém me perdoou." Quero viver a minha vida em paz e a única maneira ainda de imaginar a minha vida é vê-la como um musical dos anos 30 e no meio de uma depressão te ver e ter de novo fantasia...Sabe o que eu queria? Sentir que sou amada. Receber e-cards bobos. Ser surpreendida na saída do trabalho com flores e um beijo daqueles que te deixam sem ar. Gosto de brincar com idéias assim. Gosto de fazer coisas assim pelos outros. Porque jamais tive alguém que fizesse isso por mim. Sonhar é bom. Amor é bom. Paixão é bom. Tesão também.
Sabe do que estou cansada? De não poder dizer eu te amo. De sentir e não poder dizer. De esperar que se veja no olhar o que meu coração está louco pra dizer. Quer saber do que mais? Agora não faz diferença, já perdi tudo que podia perder. E não tem ninguém olhando, mesmo. Então foda-se, quer saber? EU TE AAAAAAAMO. AMO, AMO, AMO. Pronto, falei. Amo o brilho doce no olhar. Amo cada detalhezinho do seu corpo que desenho com meu olhar. Amo teu cabelo desalinhado e teus olhos fechados, te acariciar os cabelos enquanto você dorme, os únicos momentos em que ouso sussurrar baixinho, com lágrimas nos olhos, o que sinto e não posso dizer. Amo pequenos detalhes que só eu sou capaz de reparar. Estou cansada de ter medo de te assustar, de te perder se você souber o que sinto. Que diferença faz? Estou aqui, no meu cantinho. Hiding in my shell, esperando a tempestade passar. Quando ela passar, ainda vou estar sozinha. Preciso, talvez. Estou fora da área de cobertura. Estou aqui, no mesmo lugar. Será que você será? Eu não sei. Amo você, doce Francine. Amo você, meu menino gelado. Será que faz diferença? Gosto de viver devagarinho, um dia depois do outro, é bom. Eu já perdi tanta coisa nessa vida. Eu tento não falar. Fico quieta no meu canto, penso três vezes antes de falar. Não sou Desejo, sou Delirium. Não conheço os caminhos do meu coração. Quanto tempo vou ficar chorando embaixo do edredon? Não sei. Fiz minha escolha, sabe. Escolhi ser amada. E amar mais a mim mesma também. Você vai estar do meu lado quando a tempestade passar?
Dias Vermelhos... acho que já postei isso aqui, mas se tem uma coisa que me fala à alma é o rock da época que eu mais gostei de viver. Alguém tem a letra de Sinal dos Tempos dos Heróis da Resistência? Eu não consigo achar na web!!!

Hoje o dia não amanheceu
E eu não vi nada
Ou não queria ver?
Nem as tardes de verão
Não eram mais vermelhas
Como eram as de então

E quantas vezes me peguei
Caminhando pros seus braços
Me perdi e tropecei
Confuso nos próprios passos
Quantos dias ainda virão
Sem nos tornarmos aço?
Esperando que nascessem
Flores no asfalto
Poeira e ácido

E quantas vezes eu errei
Olhando pro passado
Me perdi e tropecei
Confuso nos próprios passos

Quantos dias ainda virão
Sem nos tornarmos aço?
Esperando que nascesse
Flores no asfalto
Poeira e ácido

E quantas vezes eu errei
Olhando pro passado
Me perdi e tropecei
Confuso nos próprios passos
E quantas vezes me peguei
Caminhando pros seus braços
Me perdi e tropecei
Confuso nos próprios passos

terça-feira, setembro 10, 2002

Outra segunda feliz. A diferença entre impressionismo e expressionismo. Colocar as emoções na tela, em cores vivas, vindas do âmago, longe, muito longe do retrato fiel da realidade. Tempos de efervescência cultural, de guerra, de revoluções dentro e fora das almas das pessoas. Não sou apaixonada pela técnica, meu traço vagueia pela folha de papel e o desenho nasce dos meus sonhos e desejos, nunca sei o que estou criando no momento em que a caneta toca o papel. Nunca sei o que estou vivendo até o instante em que surgem os momentos. Estou cansada. Inclusive do cansaço dos outros. Queria ser anjo, não ter sexo nem desejos e ficar contemplando além do tempo a beleza perfeita da cidade prateada. Não sou. Sou mulher. E dancei a dança de Shiva. Chega, não quero mais me esconder. Acho que não tem muito futuro na minha frente além do aqui e o agora.

Eu não sei, eu não sei mais. Tem um perfume que eu adoro na minha pele. Na minha boca beijos muito desejados. Voz, calor da pele, suor, tesão, carinho. Muito carinho. Não quero nada além disso.

Mas essa história é um caleidoscópio. Caleidoscópio é um trocinho que você faz com três espelhos voltados pra dentro, um refletindo o outro e alguém joga um monte de papéizinhos coloridos e fica girando, girando aquela porra e a cada hora os papéizinhos criam uma nova figura. A cada momento a história é diferente. Também é frágil. De vidro. Se cair quebra. E está chovendo há dias.

Eu tive de escolher entre duas pessoas que amo. Eu não sei o futuro. Eu estou chorando. Porque nesse momento, ficando ao lado dele, eu perco ela. Ficando ao lado dela, eu perco ele. E eu não sei o que nenhum dos dois sente por mim. Mas eu fiz minha escolha. Too late. Sabe o que eu quero? Ficar quietinha no meu canto. Eu preciso de carinho. Preciso MESMO. Estou com muito medo. Estou me sentindo muito sozinha. Preciso de um abraço. Não quero mais me meter nessa história. Vou pra casa me enfiar embaixo do edredon e dormir abraçada com o Gabriel. Fechar os olhos e tirar devagarinho da caixinha cada segunda-feira gostosa e cada sexta boêmia. Saborear cada momento, do mais doce ao mais surreal. Não me arrependo de ter vivido. Não me arrependo de amar duas pessoas que um dia também se amaram. E se vocês querem saber mesmo, eu queria era ter vivido muito mais. Ainda quero. Só que não depende de mim. AFINAL, no meio desse furacão, quem é que vai escolher ficar COMIGO?????

segunda-feira, setembro 09, 2002

Tentei postar nos últimos dias mas o Blogger fez das suas comigo... Perdi tudo. Tenho muita história pra contar, vamos ver se dessa vez vai.

Segunda-feira eu fui feliz. Feliz, feliz, feliz. Ganhei o presente mais bonito que uma pessoa poderia me dar. E o mais simples. Uma daquelas coisas que se guarda na caixinha, que nem eu disse em algum lugar ali debaixo. Minha terça nasceu azul, louca, descontrolada e MUITO engraçada. Tem dias que eu odeio a minha mãe e sua capacidade de estar no lugar certo na hora errada. Mas tudo bem, tudo bem. Lá vem, lá vem, lá vem de novo...
De noite fui comprar o presente do filhote e descobri que a Marisa me jogou no SPC. Planeta Propaganda filha da puta. Se foder aquela empresa mais do que ela está fodida não fosse um desperdício de energia de minha parte e eu decidi não me sujar à toa, apenas processar eles pra recuperar o que eles me devem, acho que a essa altura sei lá. Bom, eles não precisam da minha ajuda pra se afogar na própria merda. Decidi aos poucos ir recuperando tudo que perdi com minha saída da Planeta. Isso quer dizer que vou ficar apertadinha até dezembro e tenho que negociar com bancos e lojas, mas paciência. Eu sobrevivo.

Quarta foi o aniversário do Gabriel. E eu caí doente. Back to Black Depression Mood. Primeira vez que faltei o trabalho. Decidi que desta vez não vou me deixar levar. Vou lutar. Não vou cair na velha armadilha. Tenho muito por que lutar. Um emprego legal, onde tenho tudo pra fazer um bom trabalho. Grandes olhos de jaboticaba num rostinho muito esperto e observador de um molequinho levado que franze o nariz a cada risada gostosa. Amigos, amores, amantes. Mas quarta foi legal. A primeira vez em três anos que fui na festa de aniversário dele na escola. Conheci as namoradas dele. Este ano tanto eu quanto as avós e o avô exageramos na dose e ele ganhou tanto, mas tanto presente que ficou até tonto. Nem sabia mais qual abrir. Foi muito legal!
Quinta fui fazer uma sessão de vídeo-pipoca na casa da Ana Marta. En français, naturalement. Com direito a bis na pizza de chocolate, naturalement. Hehehehe...

E sexta... sexta fui pra Lapa com doña Muerte. Toda a noite foi SURREAL. E MUITO boa. Dançar rock dos anos 80 a noite inteira eh muito bom, tomando vinho vagaba e fazendo piadinhas infames melhor ainda. Aí tah... só que as duas bruxas resolvem falar assim: não seria legal se acontecesse uma coisa muito louca, completamente diferente de tudo que já se viu, só pra variar?
De manhã aconteceu. Começou a ventar. Dancei para o vento, na maior inocência. Começou a chover. Voltamos pro Caldeirão. Parou de chover. Vamos embora pra casa. Claro, mas tinha um TUFÃO no meio do caminho. E de repente a gente estava no meio de uma versão de Twister on Rio... Fale em SURREAL. Fale em tomar cuidado com aquilo que você deseja. Árvores caindo, postes despencando, coisas voando ao nosso redor e o vento quase nos arrastando. Lindo, terrível, bizarro, loooooouco. Mais louco que isso só como a gente conseguiu se safar dessa. Mas isso eu só conto se ela contar.

quarta-feira, setembro 04, 2002

"And this too, shall past..." não lembro quem disse isso a primeira vez. Elliot talvez ou outro escritor inglês. Chegou à minha boca pelas mãos do tio Neil, sempre ele. Mas é a pura verdade. Tudo passa, momentos bons e ruins. O instante fugaz de um orgasmo. As lágrimas da morte de alguém querido. Se eu algum dia quiser olhar para trás e falar "eu vivi isso", é aqui, agora, neste momento que devo viver loucamente, amar a vida com paixão e fervor. Isso não quer dizer chutar o balde do emprego, rasgar as roupas e sair por aí pelada com flores na cabeça panfletando ou coisa e tal. Dizem que a solidão era o mal do século passado. Talvez o mal deste novo século seja a ansiedade, eterna mãe da depressão, essa minha velha companheira de horas vazias. Quero fazer o meu caminho sem olhar para trás, quero viver um dia depois do outro com intensidade. Quero ser PLENA: ser mãe, profissional, amiga, amante, professora, aluna, fêmea, menina, experiente, ingênua, bonita, ridícula, gostosa, quero em mim cada pequeno aspecto de mim. Algumas vezes levar alguém especial comigo pela estrada. Algumas vezes caminhar sozinha. Não estou com pressa de chegar a nenhum lugar. Gosto de parar de vez em quando no meio da cidade apressada e furiosa e apenas observar o vaivém das massas. O olhar das pessoas. O que vai nos corações da cidade. É doce e triste. É mágico. Estou cada vez mais fugindo da armadilha dos "porquês". Porque as pessoas fazem o que fazem? PESSOAS SÃO. Momentos, também. Os momentos mais especiais são aqueles que a gente guarda como um tesouro, quietinhos, calados, ali na caixinha de recordações. Que a gente tira da caixinha e fica olhando admirada, saboreando detalhes devagarinho, um sorriso de gato de Alice no rosto, depois guarda lá de novo. Há pessoas que têm o raro dom de transformar momentos mágicos em contas preciosas de um colar... são as minhas preferidas :-)

terça-feira, setembro 03, 2002

Fui ver Cidade de Deus ontem. O filme é tudo que a crítica disse e mais um pouco. Chocante. Mesmo.
Escrevi ontem no almoço, mas foda-se. Até porque hoje fez sol.

Fui, mais uma vez, ao MAM. O vento tornava o ar gelado, quase insuportavelmente frio. Tem chovido nos três últimos dias na cidade. Fazia sol quando atravessei a ponte. O céu cinza e o ar gelado me pegaram de surpresa. Como um retrato da minha alma. Eólios me penetrava ferozmente por todos os poros e acariciava e puxava meus cabelos com a brutalidade terna de um amante. Ele me possuía, me levava, arrastava folhas, poeira e pessoas pelas ruas da cidade, sem perdão. Com ele o mundo girava, e o tempo girava. Uma chuva fina tocava minhas mãos, meus rostos, meus cabelos, pequenos beijos gelados que evaporavam logo tocavam a pele quente. Pensei mesmo em retornar. Continuei meu caminho, nunca pude voltar atrás. Sentada em meio ao verde, o mar cinza-chumbo refletia as nuvens e o vento, sempre ele. A vista dos casais simples que usavam aquele lugar sagrado para ter um momento de intimidade era quase insuportável. Quem maculava mais a pureza do momento? Os olhos frios, literários e intelectuais procurando o calor do verde em meio à frieza do chumbo ou o encontro banal das almas simples? Eles, com certeza, são muito mais felizes. Meu único amante, o vento frio, me possuía e envolvia indecorosamente, me fazia me encolher diante da sua volúpia, tomava conta de mim completamente. Eu me vergava ao sabor dele, como mais um ramo entre as árvores. Então, do nada, ele me deu um presente. Aquele instante. Finos traços de chuva dançando ao meu redor, o vento despudoradamente me envolvendo em seu abraço, abrindo caminho entre as nuvens do céu e trazendo o sol e o calor, um calor que chegava e não chegava nunca a me aquecer, tudo ao mesmo tempo, calor, frio, sol, chuva e a dança do vento selvagemente nos meus cabelos. Eu não consegui chorar. Porque o tempo era um reflexo da minha alma. Cada pequeno detalhe de mim se traduzia naquele tempo que era todos os tempos em um só. Me abri para ele, deixei cada fragmento daquele instante encharcar meu corpo e meu coração. E assim como me abençoou com esse vislumbre, Eólios infatigável logo intensificou mais ainda sua dança tresloucada e o tirou de mim.
Wander teve um ataque de esquizofrenia aguda e pariu um novo blog: BIOGRAFIA AUTORIZADA. Então tá. Leiam.

Você sempre quiz conhecer a cara da Morte? Clique aqui.

Bixcoito por sua vez now speaks english too, just like me :-)

And guess who voltou a escrever? É... ele mesmo. Bobby Drake is back.

segunda-feira, setembro 02, 2002

Back on the old road of depression to kill... Já estou cheia de me sentir vazia. Família às vezes é uma merda. Estou de saco cheio de ser chantageada, detonada, etc etc etc com a desculpa que é pra me ajudar. Transformaram a festa de aniversário do meu filho numa grande palhaçada. Eu perdi completamente o tesão de fazer alguma coisa. Se não fosse por ele... Por ELE eu mantenho a cabeça mais ou menos no lugar e não mando tudo à merda. Malditas suscetibilidades. Se me der a louca, ponho o molequinho debaixo do braço e vam'bora viver a vida que quem manda aqui sou eu. O FODA é saber a palhaçada que vai ser depois. Algum dia quando vierem com aquele discurso de "você não liga pra família" eu vou dizer friamente "NÃO. NÃO MESMO." Que tipo de pessoa eles querem me tornar? Too late, mom. Eu já cresci.

Back on the old road of depression you kill... I'm sick of feeling empty. Family sometimes is a shit. I'm tired of being hurted, detonated, all that emotional shit etc etc etc with the excuse that they want to help me. Transformed the party of anniversary of my son into a fucking boring shit. I lost completely my envy to do anything. If it was not for him... For HIM I keep my head more or less in the place and don't send everyone to hell. Fucking suscetibilities. There's times I want to put my kiddo under my arm and let's go party 'cos I am the boss here. The FUCK is to know the shit it will be later. Someday when they come with that speech of " you doesn't care to your family " I'll say coldly " NOT. NOT REALLY." What kind of person they want to turn me into? Too late, mom. I already grew.
É uma meeeeeeerda isso! Todo meu discurso pseudo-anti-machista-chauvinista-não-pagão acabou de se derreter por água abaixo ao abrir meu ICQ hoje de manhã e ler "eu te amo..."

Shit... All my psicho-anti-chauvinistic-non-pagan-male speak goes smoke on the water as soon as I open my ICQ and read that three famous words: "I love you..."

domingo, setembro 01, 2002

Estava escrevendo uma longa carta a um amor que preferiu se tornar um amigo... Desisti de mandar a carta. Porque ao abrir meu coração para ele e reler o que acabei de escrever, não gostei do que vi pintado no retrato que fiz de mim mesma. Horrível. Jamais me dei assim a ninguém nessa vida. Não é agora que vou começar.

J'ai écrit une lettre à un amour qui as preferé être rien plus q'un ami... J'ai manqué de lui envoyer. Car je lui ai ouvri mon coeur e quand j'ai lis ce que j'ai écrit, je n'ai aimé de tout ce que j'ai vu dessiné au portrait que j'ai fit de moi même. Terrible. Jamais j'étais ouverte comme ça pour personne dans ma vie. Et il n'est arrivé le moment dans ma vie où je donnerais explications de moi à personne.

Sorry lads. There's nights I just can reason in french. Things of a lonely heart.